PF investiga grupo que planejava matar ministros do STF por até R$ 250 mil

Anotações indicam possível monitoramento de Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin; grupo é ligado à venda de sentenças e execução de advogado em 2023

Maio 28, 2025 - 15:58
Maio 28, 2025 - 16:17
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PF investiga grupo que planejava matar ministros do STF por até R$ 250 mil

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação de grande repercussão que revelou a existência de uma organização criminosa suspeita de monitorar e planejar o assassinato de autoridades brasileiras, incluindo dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF): Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. Os nomes dos magistrados apareceram em anotações apreendidas durante a investigação, que segue sob sigilo.

As ações da PF ocorreram nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais, com a prisão de cinco suspeitos e cumprimento de mandados de busca e apreensão. A operação foi autorizada pelo próprio ministro Zanin, um dos citados nos documentos. Fontes ligadas à investigação revelaram que os criminosos mantinham uma tabela de preços para os atentados: R$ 250 mil para ministros do STF, R$ 150 mil para senadores e R$ 100 mil para deputados federais.

Grupo tinha atuação ampla e violenta

A facção criminosa investigada é formada por civis e militares da ativa e da reserva e se identificava como “Comando C4” — uma sigla para “Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos”. O grupo é suspeito de envolvimento direto na execução do advogado Roberto Zampieri, assassinado em 2023, em Cuiabá (MT). Zampieri era apontado como peça-chave em um esquema de intermediação de sentenças judiciais.

Além dos planos de atentados, o inquérito apura venda de sentenças judiciais, com suposto envolvimento de servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT). A organização criminosa também utilizava uma rede empresarial e financeira para lavar dinheiro oriundo de propinas ligadas à negociação de decisões judiciais.

Envolvimento de várias esferas

A apuração da PF atinge advogados, lobistas, empresários, assessores parlamentares, chefes de gabinete e magistrados. Entre os crimes investigados estão:

  • Organização criminosa
  • Corrupção ativa e passiva
  • Exploração de prestígio
  • Violação de sigilo funcional
  • Repercussão política

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, classificou as descobertas como "estarrecedoras", destacando a gravidade do caso e defendendo rigor na apuração. A operação ampliou o debate sobre segurança institucional e os limites da atuação de grupos extremistas, além de reacender discussões sobre a vulnerabilidade do sistema judiciário frente a práticas criminosas sofisticadas.

O caso segue sob investigação, com novas fases previstas. O sigilo do inquérito permanece, e a PF ainda apura se houve, de fato, monitoramento efetivo dos ministros ou se os planos foram apenas elaborados. Mais prisões e desdobramentos podem ocorrer à medida que o cerco se fecha sobre o Comando C4.

Fonte: CNN Brasil

Portal AZ

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