Ex-policial condenado por feminicídio de Camilla Abreu terá direito a saída temporária no Dia dos Pais
No Brasil em que a justiça favorece há poucos nada mais surpreende brasileiro principalmente piauiense

O ex-capitão da Polícia Militar do Piauí, Allisson Wattson da Silva Nascimento, condenado a 22 anos de prisão pelo feminicídio da estudante de Direito Camilla Abreu, foi autorizado pela Justiça a usufruir de saída temporária do presídio. A liberação está prevista para ocorrer no período do Dia dos Pais, como parte dos benefícios concedidos a presos em regime semiaberto.
O crime brutal aconteceu em outubro de 2017 e chocou todo o estado. Desde então, Allisson cumpre pena em regime fechado, mas já vem progredindo dentro das normas do sistema penal.
A defesa do ex-militar chegou a solicitar à Justiça a dispensa do uso da tornozeleira eletrônica durante o tempo fora da prisão, alegando que em situações semelhantes a Secretaria de Justiça (SEJUS) teria informado que o uso do equipamento não seria necessário, especialmente por não haver registros de problemas em saídas anteriores.
No entanto, o juiz Geovany Costa do Nascimento, titular da Vara de Execuções Penais em Meio Fechado e Semiaberto de Teresina, negou o pedido. A decisão foi proferida no dia 5 de julho e destaca que, nos autos do processo, não há qualquer posicionamento oficial da SEJUS autorizando a dispensa da tornozeleira eletrônica no caso específico de Allisson.
O magistrado justificou que, por se tratar de um crime gravíssimo — feminicídio, previsto no artigo 121, § 2º, do Código Penal —, o monitoramento do condenado durante o benefício é fundamental. “A natureza do crime por si só já exige atenção especial quanto à fiscalização da saída temporária”, afirmou.
A decisão reacende o debate sobre a concessão de benefícios a autores de crimes hediondos, especialmente em um país onde os índices de violência contra a mulher continuam alarmantes.
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