FAIXA DE CASAS E A FOME: ATÉ QUANDO A INDIFERENÇA VAI MATAR EM SILÊNCIO?
Não podemos aceitar que as pessoas morram de fome em nenhum lugar do mundo ninguém merece é um absurdo as guerras de Rússia e Ucrânia tem que parar urgente

Por Redação Querido Piauí
Em pleno ano de 2025, enquanto a humanidade assiste ao avanço da inteligência artificial, das viagens espaciais e da medicina robótica, pessoas continuam morrendo de fome. Isso mesmo: morrendo de fome. Não por falta de comida no mundo, mas por excesso de injustiça, de desigualdade, de indiferença. E o pior — essas mortes não estão acontecendo em um mundo distante, mas ao lado das nossas casas, nas faixas de periferia das cidades, nas comunidades esquecidas, nos becos da pobreza que a sociedade finge não enxergar.
Quantas vidas ainda vão se apagar pela falta de um prato de comida?
Quantas crianças vão dormir com o estômago vazio, enquanto toneladas de alimentos são desperdiçadas todos os dias?
Quantas famílias vão ser obrigadas a escolher entre comprar pão ou pagar a conta de luz?
Nos últimos meses, os relatos têm se multiplicado. Crianças desfalecendo nas escolas por não terem o que comer. Idosos vivendo de restos, lutando contra a fome como quem luta pela sobrevivência em tempos de guerra. Mães que dividem um único ovo entre três filhos. Isso é aceitável em um mundo onde bilionários fazem turismo espacial?
Por que tanta riqueza está concentrada nas mãos de tão poucos, enquanto milhões vivem com menos de R$10 por dia?
Por que governos gastam bilhões em propaganda enquanto pessoas imploram por uma cesta básica?
Por que a fome ainda é tratada como uma consequência e não como um crime social?
Em Teresina, em Picos, em Parnaíba, nos rincões do Piauí, a realidade é dura e cruel. Famílias inteiras vivem sob o teto da humilhação, da carência, da invisibilidade. A faixa de casas que antes era símbolo de conquista popular, hoje abriga o retrato da miséria. Geladeiras vazias. Pratos secos. Crianças com olhos fundos de fome.
Até quando a sociedade vai aceitar isso?
Até quando vamos silenciar diante da dor alheia?
Até quando os noticiários vão normalizar a morte por fome como se fosse apenas mais uma estatística?
Chegamos ao cúmulo de usar inteligência artificial para prever tendências de consumo, mas não conseguimos garantir o básico para todos: alimento, dignidade, vida. A fome não é apenas uma consequência da pobreza — ela é, sobretudo, uma decisão política, uma escolha social, uma falha moral coletiva.
E você, leitor: até quando vai achar que isso não tem a ver com você?
O grito por justiça social precisa ecoar mais alto que o som das propagandas milionárias. A fome não pode ser normalizada. A fome não é invisível. A fome tem rosto, tem nome, tem endereço. E, pior: está cada vez mais próxima de nós.
Porque onde há fome, não pode haver paz. E onde não há paz, nenhum progresso é verdadeiro.