Pipeiros no Piaui estão cobrando até 300 reais por carga de água

A seca severa que atinge o interior do Piauí tem impactado diretamente a vida da população sertaneja. Em diversas cidades, pipeiros estão cobrando até R$ 300 por um tanque cheio de água, valor considerado altíssimo para famílias que dependem desse recurso para as necessidades básicas do dia a dia, como beber, cozinhar, tomar banho e lavar roupas.

Segundo relatos de moradores, muitas comunidades rurais estão sendo obrigadas a recorrer a esse serviço particular, já que a escassez hídrica deixou poços e reservatórios praticamente secos. Para os sertanejos, que já enfrentam dificuldades econômicas, esse gasto extra tem pesado ainda mais no orçamento familiar.

Especialistas em climatologia alertam que essa é uma das piores estiagens registradas nos últimos 10 anos no estado do Piauí. A falta de chuvas regulares, somada às altas temperaturas, tem intensificado os efeitos da seca e aumentado a pressão sobre os recursos hídricos.

A situação é ainda mais grave para as famílias de baixa renda, que não conseguem arcar com os altos custos da água fornecida por pipeiros. Muitos acabam reduzindo o consumo ao mínimo possível, o que gera riscos para a saúde e a higiene.

Enquanto isso, autoridades locais e estaduais buscam alternativas para amenizar o problema, mas a demanda crescente e a demora na chegada de medidas emergenciais têm deixado a população em estado de alerta e preocupação.

A estiagem no Piauí não apenas expõe a vulnerabilidade do sertanejo, mas também reforça a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para garantir o acesso à água potável em períodos de seca prolongada.