Milhares vão às ruas contra anistia e PEC da blindagem

Para um movimento feito em menos de 72 horas os atos populares principalmente reunidos pela esquerda rapidamente ganharam as ruas país afora

Milhares vão às ruas contra anistia e PEC da blindagem

No último domingo, 21 de setembro, o Brasil testemunhou uma das maiores mobilizações populares do ano. Milhares de pessoas saíram às ruas em diferentes estados para protestar contra a chamada PEC da Blindagem, apelidada pelos manifestantes de PEC da Bandidagem, e contra a possibilidade de anistia a políticos envolvidos em irregularidades.

O movimento, que tomou proporções nacionais, foi marcado por cartazes, faixas e gritos de indignação. A insatisfação da sociedade recai sobre a tentativa de ampliar privilégios parlamentares em meio a uma crise de confiança na classe política.

O caso do Piauí

No Piauí, a revolta foi ainda mais intensa. Isso porque todos os 10 deputados federais do estado votaram a favor da proposta. Após a repercussão negativa, apenas Merlong Solano (PT) se pronunciou publicamente, pedindo desculpas nas redes sociais. O silêncio dos outros nove parlamentares, no entanto, foi interpretado como conivência e reforço da defesa de seus próprios privilégios.

Para especialistas, a postura dos deputados piauienses pode ter um peso decisivo nas urnas. Com a proximidade das eleições de 2026, a população já demonstra sinais de que cobrará responsabilidade e transparência de quem busca renovar o mandato no Congresso Nacional.

O impacto das PECs

A chamada PEC da Blindagem — vista como um escudo para políticos processados — e a proposta de anistia, juntas, caíram como verdadeiras bombas sobre o cenário político. Para muitos cidadãos, trata-se de um "tapa na cara" da sociedade brasileira, que enfrenta diariamente problemas graves como fome, desemprego, violência e falta de investimentos em áreas essenciais.

Um escândalo que pode custar caro

O silêncio de parte da bancada federal, aliado à tentativa de se esquivar da pressão popular, revela uma estratégia: esperar que a sociedade esqueça o episódio. Mas, a um ano das eleições, dificilmente o eleitorado deixará passar esse momento sem cobrar um posicionamento firme.

A mobilização deste domingo reforça que a opinião pública está atenta e que há espaço para renovação de cadeiras no Congresso Nacional. O episódio se consolida como um dos maiores escândalos políticos recentes, capaz de redefinir alianças, trajetórias e destinos eleitorais em 2026.