Página virada: Justiça Eleitoral arquiva processo contra Naerton Moura prefeito de Sussuapara
A justiça da 62ª Zona Eleitoral decidiu pelo arquivamento do processo que pedia a cassação do prefeito de Sussuapara Naerton Moura

Em um capítulo que encerra um dos suspense políticos locais, a Justiça Eleitoral da 62ª Zona, em Picos, deu a sua palavra final e determinou o arquivamento definitivo da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que pesava sobre o prefeito de Sussuapara, Naerton Silva Moura, e o vice-prefeito, Francisco das Chagas Moura.
O processo, que respirava os ares acalorados da campanha de 2024, trava-se de acusações de abuso de poder político e econômico, além do uso indevido de meios de comunicação. Uma narrativa comum no teatro eleitoral brasileiro, proposta pelo então candidato Valdir Alves da Silva, que via na campanha adversária irregularidades a serem combatidas.
O Desfecho da Trama: A Sentença que Absolve
O que poderia ser um longo drama jurídico encontrou seu epílogo de forma clara e objetiva. Após tramitar por todas as instâncias necessárias, o processo não só foi julgado, mas transitou em julgado – um termo jurídico que, na prática, significa que a última palavra foi dada e o caso está, oficialmente, encerrado.
A certidão que atesta esse desfecho, emitida nesta terça-feira (30) e assinada pela chefe de cartório Daniela Martins Duarte, funciona como a certidão de óbito do processo. Não cabem mais recursos, não há mais trâmites. Os autos, literalmente, foram para o arquivo.
Para Além do "E Ganhou o Melhor": Uma Vitória da Institucionalidade
É tentador (e até simplista) olhar para esse resultado e cantar vitória para um lado e derrota para o outro. No entanto, a crítica positiva que fica é um pouco mais profunda. O verdadeiro protagonista desta história talvez seja o próprio sistema de Justiça Eleitoral.
Em um cenário onde as acusações políticas são frequentes, a existência de um canal formal, imparcial e técnico para investigá-las é um pilar da democracia. A ação foi proposta, analisada com lupa, seguiu um rito legal e, por fim, teve uma decisão fundamentada. Isso fortalece a instituição e serve de lembrete para a sociedade de que o caminho para questionar irregularidades deve ser sempre o da lei, e não o do barulho vazio.
O arquivamento, portanto, não é apenas um alívio para os gestores de Sussuapara, mas um sinal de que as regras do jogo funcionam. Com essa página virada, a expectativa é que a administração municipal possa focar sua energia no que realmente importa: governar e trabalhar pelo desenvolvimento da cidade, enquanto a oposição segue em seu papel fiscalizador, também essencial para a saúde da democracia.