Temporal histórico mata ao menos 38, deixa ilhados e desaparecidos no RS
Os temporais no Rio Grande do Sul causaram estragos em cerca de um a cada três municípios gaúchos, fizeram um rio atingir a maior cheia de sua história, romperam parcialmente uma barragem e deixaram pelo menos 38 mortos — além de 74 desaparecidos, centenas de ilhados e milhares de desabrigados.
O que aconteceu
As mortes mais recentes foram confirmadas no município de São Vendelino. Corpos de pai e filho, desaparecidos em um deslizamento de terra na terça-feira (30) foram encontrados, segundo o Corpo de Bombeiros Voluntário do município. No balanço mais recente da Defesa Civil do RS, somente uma das mortes no município foi registrada. Ao todo, o órgão confirmou 37 óbitos em boletim divulgado às 13h30 desta sexta-feira (3).
Ao todo, 235 dos 497 municípios gaúchos foram afetados pelas fortes chuvas que se estenderam desde o início da semana. Há 23 mil pessoas desalojadas, 7.949 em abrigos e 74 feridos, de acordo com o último balanço da Defesa Civil. No ano passado, mais de 80 pessoas morreram no estado, vítimas de três enchentes e eventos menores.
Estado de calamidade pública. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), decretou estado de calamidade pública na noite de quarta (1º), com prazo de 180 dias. As chuvas e enchentes foram classificadas como desastres de nível 3, "caracterizados por danos e prejuízos elevados". Todo o estado foi colocado sob alerta de inundação ou inundação severa.
Por:UOL