Sesapi e Sempi lançam cartilha para combater violência obstétrica

Sesapi e Sempi lançam cartilha para combater violência obstétrica

Nesta terça-feira (10), a Secretaria Estadual de Saúde do Piauí (Sesapi) e a Secretaria de Estado das Mulheres (Sempi) apresentaram a cartilha "Violência Obstétrica: Vamos Falar Sobre Isso?". O lançamento ocorreu no auditório da Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa (NMDER), em Teresina, e marcou um importante passo na conscientização e combate à violência obstétrica no estado.

A cartilha, voltada para gestantes, profissionais de saúde, gestores, familiares e a sociedade em geral, busca esclarecer o que é violência obstétrica, identificar práticas que a caracterizam, apresentar as leis de proteção às mulheres e fornecer orientações sobre como preveni-la e denunciá-la.

Durante o evento, Ana Maria Holanda, médica obstetra da NMDER, ministrou uma palestra  e destacou a  relevância do tema. “Esse momento é extremamente importante. A violência obstétrica é uma questão que precisa ser abordada sem receios. Nosso papel é educar profissionais de saúde, pacientes e a sociedade para evitar essas situações e garantir o respeito às mulheres durante o período gravídico-puerperal”, afirmou.

A iniciativa integra o conjunto de ações estratégicas do Governo do Estado para promover um atendimento mais humanizado às mulheres, reduzir a mortalidade materna e infantil, e melhorar a qualidade da assistência no ciclo da gestação, parto e pós-parto. A cartilha estará disponível gratuitamente em formato digital nos sites da Sesapi e Sempi e será distribuída em unidades de saúde de todo o Piauí.

Segundo Alzenir Moura, coordenadora estadual da Saúde da Mulher, a cartilha é um marco no enfrentamento da violência obstétrica. “Nosso objetivo é garantir que as mulheres recebam atendimento com respeito e dignidade. Esse material vai auxiliar na identificação de práticas violentas e conscientizar a população sobre a importância de combater essa realidade”, explicou.

A secretária de Estado das Mulheres, Zenaide Batista Lustosa, também participou do lançamento e enfatizou a relação entre a violência obstétrica e o impacto social e econômico no estado. “A violência obstétrica, assim como a violência doméstica, tem reflexos diretos na mortalidade materna e neonatal. Além de comprometer a vida das mulheres, prejudica o desenvolvimento do Piauí. Ampliar esse debate e engajar toda a sociedade é essencial para promover mudanças significativas”, concluiu.