Polícia prende mãe e padrasto de menina de 3 anos que teve morte encefálica após maus-tratos
Segundo a Polícia Civil, o casal pode responder pelo crime de homicídio qualificado pela tortura e em contexto de violência doméstica e familiar contra menor e feminicídio.
A mãe e o padrasto da menina Ana Karoline Gomes Nunes, de 3 anos, foram presos na tarde desta segunda-feira (22). A informação foi confirmada pela Polícia Militar de Esperantina.
Segundo a Polícia Civil, o casal pode responder pelo crime de homicídio qualificado pela tortura e em contexto de violência doméstica e familiar contra menor e feminicídio.
A prisão foi decretada pela Justiça ainda nesta segunda (22). A prisão aconteceu por volta das das 15h. Os policiais fizeram ainda buscas em dois endereços ligados ao casal. Alguns aparelhos celulares foram apreendidos e serão periciados.
Morte encefálica
O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) confirmou nesta segunda-feira (22) a morte encefálica da menina, que deu entrada no hospital no dia 15 de abril com sinais de agressão física. Segundo familiares de Ana, a menina foi internada com diversas fraturas pelo corpo e em estado gravíssimo.
O HUT e a família confirmaram que o protocolo de morte encefálica foi aberto na sexta-feira (19) e encerrado nesta segunda-feira (22), quando a morte encefálica dela foi confirmada.
O corpo de Ane Karoline foi entregue a família. O velório acontece em Teresina, onde a menina morava há vários meses. Ela e a irmã já estavam matriculadas em escolas da capital.
Ao g1, a família informou que Ane Caroline e a irmã mais velha, de quatro anos, moravam com a avó paterna em Teresina há vários meses e já estavam, inclusive, matriculadas em escolas da capital. Em janeiro deste ano, a mãe da menina levou-a para morar com ela em Esperantina.
"Só ficamos sabendo quando ela já estava no HUT. Visitei ela e ela está muito machucada mesmo, muito ferida. Nós queremos justiça, que seja punido quem fez isso. Ela está com várias fraturas, no braço, perna, no crânio, clavículas. A família toda está sem chão, muito abalada com tudo que aconteceu", lamentou uma familiar paterna da criança.
A Polícia Civil de Esperantina foi procurada pelo Conselho Tutelar, que foi informado do caso pelo HUT.
Protocolo de morte encefálica
No hospital de Esperantina, a menina deu entrada na segunda (15) e no mesmo dia foi transferida ao HUT, onde chegou já com informação de indícios de agressões físicas.
Nesta sexta (19), foi aberto protocolo de morte encefálica, que ocorre quando o paciente deixa de apresentar alguns sinais cerebrais.
Fonte: G1