Ex-catequista de Teresina é investigado por chantagem contra padre para não vazar fotos íntimas  

Um caso envolvendo um padre e um ex-catequista tem chamado atenção no Piauí. O pároco, identificado pelas iniciais M. da S.S., atuava em uma paróquia de Teresina e atualmente exerce seu ministério em Altos (PI). Ele se tornou vítima de extorsão após um ex-catequista da mesma paróquia ameaçar vazar fotos íntimas dele. 

Como tudo começou  

Segundo informações apuradas, o padre e o ex-catequista, identificado como J.W.P., de 28 anos, se conheceram por meio do aplicativo de relacionamento Grindr. Após conversas, o religioso teria enviado fotos íntimas ao jovem, sem saber que ele fazia parte da mesma comunidade paroquial onde ele exercia seu ministério.  

Com posse das imagens, J.W.P. teria iniciado um esquema de chantagem, ameaçando divulgar o material caso não recebesse pagamento. Sem revelar sua identidade inicialmente, o ex-catequista pressionou o padre, que, em 2022, decidiu registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) em uma delegacia.  

Padre pagou R$ 800, mas ameaças continuaram 

De acordo com o relato do pároco, ele chegou a pagar R$ 800 para que o ex-catequista não o procurasse novamente. No entanto, as exigências não pararam, e o jovem continuou ameaçando vazar as fotos.  

Com o avanço das investigações, a Polícia Civil conseguiu identificar J.W.P., que foi indiciado por crime de extorsão. O caso segue em andamento, e as autoridades avaliam as provas coletadas para determinar as próximas medidas judiciais.  

Impacto na comunidade religiosa  

O caso tem gerado repercussão entre fiéis e na comunidade eclesiástica, levantando discussões sobre privacidade, uso de aplicativos de relacionamento por religiosos e os riscos de exposição na internet. A Diocese envolvida ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.  

Enquanto isso, o padre M. da S.S. continua à frente de sua paróquia em Altos, onde busca seguir com seu trabalho pastoral.  

Este caso serve como alerta para os perigos do compartilhamento de imagens íntimas e da exposição em redes sociais e aplicativos, especialmente quando há tentativas de chantagem envolvidas.