Exames de DNA revelam autoria de latrocínio em Vera Mendes; polícia pede prisão do mandante, mas justiça nega
A Polícia Civil do Piauí através da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (Deam), em Picos, concluiu o inquérito policial que investiga a morte de Miguel José Alves, ocorrido no final do mês de abril no Povoado Gameleira, zona rural de Vera Mendes. Ao final das investigações, quatro pessoas (mandante, executores e uma quarta pessoa que prestou apoio fornecendo a motocicleta) foram indiciadas pelo crime.
Durante o processo investigativo, a Polícia Civil realizou monitoramento e rastreio de aparelhos celulares, comparação de material genético.
A delegada titular da Deam, Robiane Nunes, explicou a fundamentação do trabalho investigativo.
“O inquérito foi instaurado para investigar esse crime de latrocínio. Iniciadas as investigações a Polícia Civil partindo de imagens de câmeras de segurança existentes nas proximidades do local que flagrou os suspeitos do crime em uma motocicleta. A partir disso, principiamos as diligências e conseguimos localizar a motocicleta, chegando aos executores, bem como chegar a motivação do crime e ao mandante”, disse a delegada.
O inquérito policial foi concluído com 400 páginas, trazendo elementos técnicos, tendo em vista que os suspeitos de envolvimento no latrocínio são de pessoas temidas na região, por isso a dificuldade em localizar testemunhas.
“Tivemos dificuldades para depoimentos testemunhais, mas os laudos técnicos foram importantes. Hoje recebemos laudo de material genético das jaquetas que os executores deixaram no local do crime, no momento do fato, com objetos apreendidos durante cumprimento dos mandados de busca e apreensão e tiveram resultado positivo para essa comparação”, frisou.
Os executores do crime se encontram presos desde 04 de junho, ocasião em que foi realizada a Operação Corpo Fechado. O mandante e a quarta pessoa que auxiliam no crime tiveram o pedido de prisão negado pela justiça e seguem em liberdade.
A motivação do latrocínio, segundo a polícia, se trata de uma disputa por fornecimento de bebidas. “Existia um fornecedor até 2022 e em 2023 isso foi mudado, causando descontentamento no fornecedor”, destacou.
Os executores do crime se encontram presos desde 04 de junho, ocasião em que foi realizada a Operação Corpo Fechado. O mandante e a quarta pessoa que auxiliam no crime tiveram o pedido de prisão negado pela justiça e seguem em liberdade.