Motivacao de assassinato de Sargento da PM em Teresina seria um colar de ouro que ele usava
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) confirmou a prisão de Kauã Vieira, 19 anos, suspeito de participar do assassinato do sargento Elenilton Araújo Galvão, 47 anos, ocorrido no último domingo (27). Durante os interrogatórios, a polícia esclareceu que o autor dos disparos que mataram o militar foi o adolescente João Manoel, morto em um confronto com policiais no mesmo dia.

Tentativa de roubo e reação do sargento
De acordo com o delegado Bruno Ursulino, responsável pelo caso, Kauã e João Manoel planejavam roubar um colar de ouro de um grupo de pessoas que estava com o sargento. O crime aconteceu enquanto o militar e seus amigos estavam em frente à sua residência, no bairro Francisco Marreiros, na Zona Sul de Teresina.
Os suspeitos passaram três vezes pelo local antes de agir. Na terceira vez, desceram da motocicleta armados e anunciaram o assalto. O sargento reagiu, mas foi atingido por três tiros nas costas, em um ato que o delegado classificou como “covarde”. Os criminosos fugiram levando a arma do policial, mas deixaram para trás o colar que pretendiam roubar.
Morte do adolescente e prisão de Kauã
João Manoel foi morto em um confronto com o Batalhão de Emprego Tático (BEPI) no mesmo dia, após ser baleado no pescoço. Já Kauã foi preso após tentar modificar a moto usada no crime, trocando partes do veículo para dificultar a identificação. Ele confessou o crime e foi colocado à disposição da Justiça.
Na operação, a polícia recuperou:
✔ A arma do sargento (roubada durante o crime);
✔ A arma usada no homicídio;
✔ Uma terceira pistola, utilizada por João Manoel durante o confronto no motel.
Rede criminosa e outros envolvidos
As investigações revelaram que os suspeitos fazem parte de um grupo familiar envolvido em crimes como tráfico, receptação e associação criminosa. Além de João Manoel, os irmãos Edilson Alves ("Menor Rei") e Mikaelle Fernandes também são investigados.
Kauã Vieira, que já tem passagem por outros crimes, teve sua prisão temporária decretada e responderá por latrocínio (roubo seguido de morte) e corrupção de menores. O DHPP aguarda laudos periciais para concluir o inquérito.
O caso chocou a cidade e reforça a atuação das forças de segurança contra a criminalidade em Teresina.